É se deixar entrar em uma aventura vitoriosa,
a aventura de Deus.
No mistério divino não sabemos o que vai
acontecer em um instante da nossa vida. Por mais que seja planejado ou
programado com todo esforço e diligência. A Bíblia nos ensina que por mais que
façamos planos para a nossa vida, o que prevalece é a vontade de Deus (Pv 16.1).
Quem pode mudar o seu futuro? Ninguém! Mesmo por
que não conhecemos o nosso futuro para muda-lo. Mas, o nascer de novo é
entregar-nos, em mistério, à Deus para que Ele, na sua perfeição, nos conduza;
seja nosso pastor e nos apascente segundo
a sua vontade. É nesse deixar-se nascer de novo que Deus nos mostrará o
verdadeiro caminho que devemos andar (Jo 14.6). Pois no nascer de novo de Deus
nos abrimos para receber sua ação divina e perfeita; e passaremos a enxergar a
vontade de Deus e não a nossa. Na Palavra de Deus, a Bíblia, Ele nos deixou
seus ensinamentos, que chamo de Código moral e Código Sagrado. Onde nos instrui
sobre o bom relacionamento, perfeito e harmonioso com nossos iguais, Homens e
mulheres (Código Moral) (Rm 12.9-21); e a plena comunhão com o Trino Deus Pai, Filho e
Espírito Santo (Código Sagrado) (Lc 12.22-34). É no abrir-se ao
novo nascer que deixaremos de apenas enxergarmos a nós mesmos; perceberemos que
existem muitos outros iguais a nós. E nesse enxergar notaremos o quanto estamos
sendo egoísta, querendo tudo para nós (Mt 25.31-46). Quebrando e
tirando esse egoísmo de nós estaremos prontos e prontas para fazermos a vontade
soberana de Deus: amar sem medida (I Co 13). Quando
Jesus falou para Nicodemos, que para irmos para o Reino de Deus é necessário
nascer de novo, Ele conhecia a vida de Nicodemos, como conhece a nossa. Ele
sabia que Nicodemos embora fosse um religioso judeu do grupo dos Fariseus (Jo
3.1), ele não tinha nascido para Deus, ou seja, o que prevalecia na vida de
Nicodemos não era a vontade de Deus e sim sua própria vontade. Nicodemos mesmo
sendo temente ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Grande IAVÉ, estava preso aos
seus deleites pessoais de forma individualista e egoísta. Como exercia uma
posição de poder (tribuno do Sinédrio), se ensoberbecia e achava que deveria
ser obedecido e servido. Pensava que por ser religioso e cumpridor de alguns
preceitos da sua religião já tinha garantido o seu lugar no Reino de Deus.
Jesus quebra todo esse pensamento quando nos ensina que riqueza, poder,
sentimento de superioridade, domínio, etc., não nos aproxima de Deus e do seu
Reino. Muito pelo contrário; afasta-nos, mais e mais, da Glória eterna de Deus
criando entre nós e Deus um grande abismo.
O nascer de novo de Deus é negar-se a si
mesmo e deixar Deus agir em nossas vidas nos ensinando e nos transformando, não
em Jesus, mas como Jesus que se despojou da sua deidade para nos mostrar como
se viver harmoniosamente uns com os outros (Fl 2.5-11).
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