Venho pensando nestes dias no que a Igreja tem se transformado, pois, parece que a finalidade destes espaços eclesiásticos foi esquecida historicamente por interesses de poder que inevitavelmente geram opressão e marginalização do humano.
No livro de Atos 2.42-47 o texto fala de um modelo de comunidade que em nossos dias nos desafia e nos faz ver que temos caminhado muitas vezes equivocadamente. O texto fala de ensino, oração, partilha do pão, alegria, sinais... Porém, sem radicalismo nenhum, o que tenho percebido é que a IGREJA de uma forma geral se transformou em um circo (sem ofender aos palhaços), um comércio (o mercado da fé), um palco onde existe uma espiritualidade de fachada, uma arrogância sem tamanho dos evangélicos que se acham detentores do sagrado, pastores que brigam por cargo e status, ministérios de louvor que nada criam só copiam, uma alienação política com nossa omissão perante o engajamento em favor da vida e do bem comum. Como superar esses desafios?
Acredito que DEUS nos chama para um momento novo, um tempo de paz e de libertação, um tempo de engajamento e ou participação social muito mais efetiva, na transformação e manutenção da vida em todas as suas dimensões. Um tempo de espiritualidade profunda que não se limita a orações e leituras bíblicas, mas um tempo de resgate da figura profética de denúncia a toda injustiça. Enfim, um tempo em que seremos capazes de superar nossos limites e diferenças e sentar-se a mesa da fraternidade para dialogar e para celebrar a vida, para agradecer mais do que pedir. É tempo de maturidade e de fidelidade a quem tem nos chamado para o serviço e para a dignidade, para cuidar de crianças e dos mais vividos. É tempo de pão e de terra para todos (as).
A Igreja precisa ser um espaço de comunhão e de justiça. Precisa ser a casa de DEUS.
Fraternalmente, Rev. Cláudio Márcio – IPU Muritiba
Nenhum comentário:
Postar um comentário